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Tesouro Prefixado: entenda como garantir previsibilidade nos investimentos

Tesouro Prefixado entenda como garantir previsibilidade nos investimentos
Resumo rápido
  • Taxa travada: conhecida na compra e válida até o vencimento.
  • Oscilação diária: juros sobem → preço cai; juros caem → preço sobe.
  • Prazo ideal: 2 a 5 anos, mantendo até o vencimento.
  • Custos: IR regressivo (22,5%→15%), IOF até 30 dias, custódia 0,20% a.a.
  • FGC: não cobre títulos públicos — emissor é o Tesouro Nacional.

Antes de investir, entenda o comportamento de cada título diante dos juros. Enquanto o Tesouro Selic segue a taxa básica e prioriza liquidez, o Tesouro Prefixado funciona de outro modo: você trava a taxa na compra e já sabe quanto receberá no vencimento.
É o título da previsibilidade. O detalhe: o preço oscila diariamente conforme os juros do mercado.

Exemplo direto: aplicando R$ 1.000,00 a 13% ao ano, no vencimento você receberá aproximadamente R$ 1.130,00 brutos. O desafio é o caminho até lá — entender por que o valor pode oscilar antes da data final e como isso impacta sua decisão.

Como funciona o Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado é um título de renda fixa com taxa fixada na compra.
Na prática, você empresta dinheiro ao governo e recebe, no vencimento, o valor acrescido dos juros combinados — independente do que ocorrer com a Selic nesse período.
A previsibilidade vem desse contrato; o que varia no dia a dia é o preço de mercado do título.

Por que o preço oscila

A oscilação vem da marcação a mercado, que ajusta o preço do título às condições atuais de juros.
Pense como um imóvel: quando as taxas sobem, o financiamento encarece e o preço de venda tende a cair; quando as taxas caem, acontece o oposto. Aqui é igual: juros sobem → preço cai; juros caem → preço sobe.

Esse movimento importa apenas se você precisar vender antes do vencimento. Se mantiver até o fim, recebe exatamente a taxa contratada. Ou seja, o risco não é “não receber”; o risco é vender na hora errada.

Antes de investir: o que realmente importa

Para decidir bem, domine estes pontos:

  • Taxa na compra: define o retorno se carregar até o vencimento.
  • Prazo: títulos mais longos oscilam mais (maior sensibilidade aos juros).
  • Preço de mercado: é o valor de venda hoje; não confunda com o rendimento final.
  • Liquidez: o Tesouro recompra diariamente, mas sempre pelo preço de mercado vigente.

Custos e riscos (o que é risco de verdade)

O emissor é o Tesouro Nacional — o menor risco de crédito do país.
O risco que interessa ao investidor é de mercado: precisar vender antes e pegar juros mais altos (preço menor).
Há também o risco de inflação corroendo o ganho real caso o IPCA supere a taxa contratada.

  • IR regressivo: 22,5% (até 180 dias), 20% (181–360), 17,5% (361–720), 15% (> 720 dias).
  • IOF: só em resgates < 30 dias.
  • Custódia: 0,20% ao ano (B3/Tesouro Direto).
  • FGC: não se aplica a títulos públicos.

Cenário de 2025: Selic alta e juros reais elevados

Em 2025, a Selic está em 15% a.a. e a inflação projetada gira em torno de 4,8%.
Isso implica juros reais acima de 4 pontos percentuais.
Para quem consegue carregar até o vencimento, é um momento interessante para travar taxas altas.
Se a Selic subir mais, os preços dos prefixados caem no curto prazo; se cair, os preços sobem.

Vale a pena investir ainda em 2025?

Depende do objetivo. Faz sentido para metas de médio prazo (2 a 5 anos) com data definida e tolerância à oscilação interim.
Não é para reserva de emergência nem para quem pode precisar resgatar a qualquer momento.

  • Faz sentido: reforma, entrada de imóvel, viagem planejada, estudos com data certa.
  • Não faz: caixa do dia a dia, gastos imprevistos, perfis que sofrem com variação de saldo.

Simulação real — Tesouro Prefixado 2028

Investimento: R$ 1.000,00 em 26/10/2025 • Resgate: 26/10/2026 • Taxa: 13,09% a.a.

  • Rentabilidade líquida: 10,47% a.a.
  • Valor líquido resgatado: R$ 1.104,25
  • IR: R$ 22,56 (alíquota 17,5%)
  • Custódia: R$ 2,12

Fonte: Tesouro Direto (simulação oficial do Prefixado 2028).

Prefixado × Poupança × Selic

  • Prefixado 2028: 10,47% líquido em 1 ano (13,09% bruto).
  • Tesouro Selic: ≈ 9% líquido a.a. (liquidez D+1).
  • Poupança: ≈ 6,1% a.a., isenta de IR, porém retorno menor.

O prefixado tende a vencer em rendimento; o Selic vence em liquidez; a poupança vence em simplicidade. A escolha depende do seu prazo e da necessidade de acesso ao dinheiro.

Perguntas frequentes

Tesouro Prefixado é melhor que Selic?

Depende da finalidade. Selic para liquidez; Prefixado para metas com data definida.

Posso perder dinheiro?

Sim, se vender antes em período de juros mais altos. Mantendo até o vencimento, recebe a taxa contratada.

Tem FGC?

Não. O risco é do Tesouro Nacional, não de bancos.

Quanto rende em 1 ano?

No exemplo real de 2028, R$ 1.000,00 viram R$ 1.104,25 líquidos (10,47% a.a.).

Nota editorial — Guia de Economia Pessoal

Conteúdo educativo e jornalístico. Sem oferta ou recomendação individual de investimento.

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