Resumo rápido
- Dólar fecha em queda de 0,41%, a R$ 5,3703.
- Ibovespa renova máxima histórica aos 146.969 pontos.
- Expectativa de corte de juros pelo Fed impulsiona moedas emergentes.
- Diálogo entre Brasil e EUA reforça entrada de capital estrangeiro.
O dólar iniciou a semana em queda e o mercado financeiro respirou aliviado. Nesta segunda-feira, 27 de outubro de 2025, a moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,3703, com baixa de 0,41% em relação à sexta-feira. A movimentação acompanhou o bom humor dos investidores após sinais de distensão entre Brasil e Estados Unidos e expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa reduzir juros ainda neste trimestre.
No câmbio, o pregão começou com leve pressão compradora, mas a tendência se inverteu ao longo da tarde. O fluxo estrangeiro para a bolsa, somado à estabilidade nas commodities, reduziu a demanda por proteção em dólar. A moeda chegou a tocar R$ 5,38 pela manhã, mas recuou gradualmente até encerrar próxima da mínima do dia.
Na B3, o Ibovespa avançou 0,55% e atingiu 146.969 pontos, novo recorde nominal. As ações de mineradoras e bancos lideraram os ganhos, acompanhadas por papéis do setor elétrico. A melhora no ambiente fiscal e a retomada de diálogo com parceiros comerciais sustentam o otimismo no mercado doméstico.
Abaixo, o gráfico de variação mensal do dólar ilustra a trajetória recente da moeda entre setembro e outubro de 2025, período em que predominou leve desvalorização frente ao real:

Gráfico: (fonte: dados públicos de mercado)
Análise e leitura do cenário
O comportamento do câmbio reflete um movimento global de busca por ativos de risco. As apostas de corte de juros pelo Fed fortalecem moedas emergentes e reduzem a atratividade do dólar. No Brasil, a percepção de maior previsibilidade fiscal e a aproximação diplomática entre os governos reforçaram o fluxo de capitais externos, fortalecendo o real.
Apesar da queda, o patamar atual de R$ 5,37 ainda é considerado alto. Economistas apontam que a taxa de câmbio pode continuar oscilando entre R$ 5,30 e R$ 5,45 nas próximas semanas, dependendo da trajetória dos juros americanos e do andamento das contas públicas brasileiras. Um ambiente fiscal controlado e inflação sob vigilância são vistos como condições essenciais para uma apreciação sustentável do real.
O que observar nos próximos dias
O foco dos investidores se volta agora para a próxima reunião do Federal Reserve, que poderá definir o ritmo do ciclo de cortes. Também estarão no radar os indicadores de inflação no Brasil, projeções do PIB e novas declarações do Banco Central sobre a política monetária. Cada sinal pode reorientar fluxos cambiais e definir se o dólar mantém a trajetória de queda ou volta a subir.
- Política monetária dos EUA: possíveis cortes de juros favorecem moedas emergentes.
- Inflação e PIB no Brasil: divulgação de dados pode ajustar expectativas de juros locais.
- Fluxo estrangeiro: entrada de capital em ações e títulos influencia o câmbio.
- Posicionamento do Banco Central: intervenções ou declarações podem redefinir o comportamento do real.
Nota editorial: Este conteúdo tem caráter jornalístico e informativo, baseado em dados públicos e apuração de mercado. Não constitui recomendação de compra, venda ou investimento.
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