Resumo da notícia
- Dólar à vista: fechou a R$ 5,36 com leve queda; a PTAX ficou em R$ 5,3690.
- Ibovespa: encerrou em 147.428,90 pontos (+0,31%), novo recorde nominal.
- Vetores: commodities em alta, fluxo estrangeiro e expectativa pela decisão do Federal Reserve nesta quarta (29).
O dólar comercial fechou a R$ 5,36 nesta terça-feira (28), registrando leve baixa frente ao real. A PTAX oficial, calculada pelo Banco Central, ficou em R$ 5,3690, confirmando a trajetória de estabilidade observada ao longo do dia. A valorização do real foi impulsionada por um ambiente externo mais favorável a moedas emergentes e por fluxos de capitais voltando à região.
O mercado reagiu à expectativa de que o Federal Reserve possa anunciar um novo corte de juros nesta quarta (29). Com os rendimentos dos títulos americanos em queda, o dólar perdeu força globalmente, abrindo espaço para a recuperação das divisas emergentes. A leitura é de que a política monetária mais branda nos Estados Unidos reduz a atratividade do dólar e estimula investimentos em economias como o Brasil.
Ibovespa renova recorde e fecha acima de 147 mil pontos
O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,31%, aos 147.428,90 pontos, renovando o recorde nominal histórico. Foi o quinto avanço consecutivo da bolsa, que segue impulsionada por empresas do setor de mineração, energia e siderurgia. O desempenho reflete o bom momento das commodities no mercado internacional, aliado ao enfraquecimento do dólar e à melhora das perspectivas de crescimento global.
Durante o dia, o índice chegou a tocar máximas próximas de 147,8 mil pontos. O cenário internacional positivo — com bolsas americanas também em alta e volatilidade controlada — contribuiu para o apetite por risco. Investidores estrangeiros voltaram a posicionar recursos no Brasil, atraídos pela combinação de juros reais elevados e valorização dos ativos locais.
Commodities e fluxo estrangeiro explicam o bom humor da B3
O movimento comprador foi sustentado por papéis ligados ao minério e petróleo, que reagiram à perspectiva de demanda aquecida vinda da China. Empresas exportadoras também se beneficiaram do câmbio mais estável, garantindo ganhos em dólares e fortalecendo os resultados esperados para o último trimestre do ano.
Além disso, o fluxo estrangeiro permanece positivo. A busca por alternativas de retorno acima da média global tem direcionado investidores para mercados emergentes, e a bolsa brasileira, com volume elevado e liquidez, figura entre os destinos preferidos. O ambiente político doméstico estável e as projeções de continuidade dos cortes da Selic reforçam o sentimento construtivo.
Por que dólar cai enquanto a bolsa sobe
Em dias de expectativa por decisões de política monetária nos Estados Unidos, ocorre um efeito clássico: quando os juros americanos caem, o dólar perde força e os mercados acionários se fortalecem. Essa correlação inversa entre câmbio e bolsa ficou evidente nesta terça-feira. O real se valorizou, o dólar recuou e o Ibovespa rompeu resistências técnicas, impulsionado pelo aumento da confiança global.
Segundo analistas, o patamar atual de R$ 5,36 representa um ponto de equilíbrio de curto prazo. A trajetória do câmbio continuará dependente da comunicação do Fed e da percepção sobre a trajetória de juros no Brasil, que ainda mantém um diferencial atrativo frente aos títulos americanos.
O que esperar para os próximos dias
O intervalo entre R$ 5,30 e R$ 5,40 deve continuar servindo de referência para o dólar nas próximas sessões. Já para a bolsa, o desafio é sustentar os ganhos recentes diante de um calendário carregado de indicadores econômicos. A decisão do Federal Reserve e os dados de inflação norte-americanos podem redefinir o humor global e ditar o ritmo de fluxo estrangeiro para mercados emergentes.
Internamente, investidores acompanham os próximos passos da política monetária brasileira e as sinalizações fiscais do governo. Caso os fundamentos sigam favoráveis, analistas não descartam que o Ibovespa teste novos patamares acima dos 148 mil pontos ainda nesta semana.
Nota editorial: conteúdo jornalístico e educativo. Não constitui recomendação de investimento.






