Home / Mercado / Dólar cai a R$ 5,27 e fecha no menor nível em 17 meses

Dólar cai a R$ 5,27 e fecha no menor nível em 17 meses

Dólar cai a R$ 5,27 e fecha no menor nível em 17 meses | Guia de Economia Pessoal
Resumo da notícia
  • O dólar à vista caiu 0,62% e fechou a R$ 5,2746 na venda, menor cotação desde junho de 2024.
  • Foi a quinta sessão consecutiva de baixa da moeda americana frente ao real.
  • No ano, o dólar acumula queda próxima de 14,5% em relação ao real.
  • O movimento acompanha a desvalorização global da moeda dos EUA e o maior apetite por risco.
  • Inflação abaixo do esperado e ata do Copom mais branda reforçaram o fluxo para bolsa e renda fixa.
  • O Ibovespa voltou a bater recorde histórico, acima de 157 mil pontos, com entrada de capital estrangeiro.

O dólar à vista recuou 0,62% nesta terça-feira (11) e fechou a R$ 5,2746 na venda, no menor patamar desde junho de 2024. A queda foi puxada pela combinação de cenário externo mais favorável, dados de inflação abaixo do esperado no Brasil e forte apetite por ativos de risco, que levou o Ibovespa a renovar recordes.

Como foi o fechamento do dólar hoje

O dólar à vista encerrou o dia em baixa de 0,62%, cotado a R$ 5,2746 na venda. É o menor valor de fechamento desde o início de junho de 2024, quando a moeda chegou a ser negociada pouco acima de R$ 5,24. Foi também a quinta queda consecutiva da divisa frente ao real, consolidando um movimento de alívio depois de meses de volatilidade.

No acumulado de 2025, o dólar já registra queda em torno de 14,5% em relação ao real, ajudado pela melhora do ambiente externo, pela visão mais benigna de inflação no Brasil e pela percepção de que o país pode se beneficiar de um ciclo de juros ainda elevados, mas em trajetória de queda.

No mercado futuro, os contratos com vencimento em dezembro também fecharam em baixa, refletindo a mesma leitura de menor pressão cambial no curto prazo.

O que acontece no cenário externo

A queda do dólar no Brasil não acontece isoladamente. A moeda americana vem se desvalorizando frente a várias divisas emergentes e de países desenvolvidos, em meio à expectativa de um ajuste de política fiscal nos Estados Unidos e a sinais de desaceleração do mercado de trabalho americano.

Com menor percepção de risco de uma alta adicional dos juros nos EUA e a perspectiva de fim de impasses fiscais, investidores globais voltam a buscar ativos considerados de maior risco, como ações e títulos de países emergentes. Nesse movimento, o fluxo de capital migra parte dos recursos que estavam estacionados em dólar para bolsas, renda fixa e moedas de países como o Brasil.

O resultado é um ambiente externo de dólar mais fraco, que ajuda a explicar por que o real tem se valorizado mesmo com um quadro doméstico ainda desafiador.

Inflação, Copom e juros no Brasil

No lado doméstico, dois fatores pesaram a favor do real: os dados de inflação de outubro, abaixo das projeções de parte do mercado, e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) com tom um pouco menos duro em relação aos riscos inflacionários.

Uma inflação mais comportada, combinada com a indicação de que o Banco Central pode iniciar um ciclo de cortes da Selic em 2026, reduz o prêmio de risco exigido pelos investidores e melhora a percepção sobre o equilíbrio de médio prazo da economia brasileira.

Ao mesmo tempo, os juros ainda elevados em termos reais mantêm o país relativamente atrativo para investidores estrangeiros que buscam rendimento em títulos públicos e privados. Esse fluxo ajuda a sustentar o real, mesmo em momentos de volatilidade global.

Recorde do Ibovespa e fluxo para ativos brasileiros

A sessão desta terça-feira também foi marcada por um novo recorde do Ibovespa, que superou a marca de 157 mil pontos em fechamento e engatou uma sequência histórica de altas. O movimento reflete o apetite por risco em bolsas brasileiras e a entrada de capital estrangeiro.

Quando o investidor internacional aumenta a exposição a ações e renda fixa no Brasil, normalmente precisa comprar reais para aplicar no mercado local. Esse movimento de compra de moeda doméstica e venda de dólares contribui para a queda da cotação.

A leitura combinada é de um mercado que ajusta posições depois de meses de incerteza, aproveitando tanto o cenário externo menos tenso quanto a percepção de que os ativos brasileiros ficaram relativamente descontados.

O que essa cotação significa no dia a dia

A queda do dólar para a casa de R$ 5,27 ainda está longe de eliminar a pressão sobre preços ligados ao câmbio, mas traz algum alívio marginal para:

  • viagens internacionais, passagens aéreas e hospedagem em moeda estrangeira;
  • importados, como eletrônicos, alguns alimentos e bens duráveis;
  • empresas endividadas em dólar, que veem o valor da dívida em reais diminuir na margem.

Para a maior parte das famílias, o efeito imediato ainda é discreto. O impacto mais relevante aparece quando movimentos de câmbio como esse se mantêm por mais tempo e se combinam com inflação mais baixa e juros em queda, abrindo espaço para reduzir o peso do financiamento no orçamento.

Nessas horas faz diferença ter um plano claro de uso do dinheiro. Estruturas como a Trilha 4 Passos do Guia de Economia Pessoal ajudam a encaixar decisões de câmbio, reserva e dívidas dentro de uma estratégia maior, e não apenas como reação ao “dólar do dia”.

Resumo do câmbio hoje

  • Cotação de fechamento: R$ 5,2746 (dólar à vista, venda).
  • Variação no dia: queda de 0,62%.
  • Menor nível desde: junho de 2024.
  • Sequência recente: quinta baixa consecutiva frente ao real.
  • Acumulado em 2025: desvalorização de cerca de 14,5% em relação ao real.
  • Contexto: dólar mais fraco no mundo, inflação brasileira abaixo do esperado e Ibovespa em recorde histórico.

Nota editorial: Este conteúdo tem caráter informativo e educativo e não constitui recomendação de compra ou venda de ativos financeiros. Decisões de investimento devem considerar o perfil de risco de cada pessoa e, quando necessário, contar com orientação profissional independente.

Fique por dentro do que realmente mexe no seu bolso

Acompanhe as próximas publicações do Guia de Economia Pessoal

Atualizações sobre economia pessoal, benefícios, crédito e tributos, em linguagem simples. Conteúdo informativo e educativo direto no seu e-mail, sem spam.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Carregando cotações...

Selic hoje: ...
Atualizado em: ...

Receba as próximas análises do Guia

Novos conteúdos e alertas importantes direto no seu e-mail.