Home / Mercado / INSS no salário: como funcionam as faixas e por que o desconto muda de um mês para o outro

INSS no salário: como funcionam as faixas e por que o desconto muda de um mês para o outro

INSS no salário: como funcionam as faixas e por que o desconto muda de um mês para o outro | Guia de Economia Pessoal

O INSS no salário segue um modelo progressivo que aplica alíquotas a faixas de remuneração. Entender a lógica evita leituras equivocadas no holerite, principalmente em meses com horas extras, comissões ou pagamento do 13º salário. A seguir, veja a tabela vigente, a mecânica do cálculo, exemplos práticos e pontos de conferência para validar valores na folha.

Se você quiser enxergar o desconto de INSS dentro do conjunto dos direitos do trabalhador (salário mínimo, 13º, PIS, Bolsa Família e benefícios sociais), vale consultar também o guia fixo de direitos do trabalhador em linguagem simples, que funciona como conteúdo pilar sobre o tema.

Tabela de contribuição para empregados (vigente em 2025)

Salário-de-contribuição (R$) Alíquota
Até 1.518,00 7,5%
De 1.518,01 a 2.793,88 9%
De 2.793,89 a 4.190,83 12%
De 4.190,84 a 8.157,41 14%

Piso previdenciário: R$ 1.518,00. Teto do RGPS: R$ 8.157,41.

Como a progressividade do INSS funciona na prática

O salário é segmentado em camadas, e cada faixa recebe sua alíquota própria apenas sobre a parte correspondente. O total devido é a soma dessas parcelas. Se o trabalhador tiver acréscimos variáveis em determinado mês, a parcela que “entra” na faixa superior sofrerá a alíquota maior, sem que todo o salário migre para o percentual mais alto.

Um exemplo simplificado ajuda a visualizar:

  • até R$ 1.518,00, aplica-se 7,5%;
  • sobre a parte entre R$ 1.518,01 e R$ 2.793,88, aplica-se 9%;
  • e assim por diante, até o teto previdenciário.

É esse modelo progressivo que faz o desconto variar em meses com adicionais, mesmo sem mudança de cargo ou faixa “aparente” no contracheque.

13º salário e incidência de INSS

No 13º salário 2025, a apuração de INSS é específica do décimo terceiro. É frequente que a 1ª parcela seja paga sem descontos, enquanto a 2ª parcela concentre a contribuição do 13º (além do IR, quando devido). Isso explica diferenças de líquido entre as parcelas e não significa erro automático da folha.

Na prática, o INSS do 13º segue as mesmas faixas da tabela vigente, mas com base apenas sobre o valor do décimo terceiro, e não sobre o salário mensal somado.

Exemplos práticos: quando o desconto de INSS muda

Exemplo A – salário fixo, sem variáveis: um trabalhador que recebe o mesmo valor todo mês, sem adicionais, tende a manter o padrão de incidência ao longo do ano, salvo reajustes de salário ou mudanças na tabela. Eventuais variações geralmente decorrem de arredondamentos ou ajustes pontuais.

Exemplo B – salário com hora extra ou comissão: ao incluir horas extras, adicional noturno ou comissões em determinado mês, parte do salário pode “avançar” para a faixa seguinte, elevando a contribuição daquele período. O efeito é pontual e acompanha a variação da base. No mês seguinte, se não houver adicionais, o desconto tende a recuar para patamar mais baixo.

FAQ: dúvidas rápidas sobre INSS no holerite

O INSS do 13º soma com o INSS do salário mensal?
Não. A apuração do 13º é separada e específica. O holerite de dezembro costuma trazer os dois valores, mas cada um tem base de cálculo própria.
Mudar de faixa encarece todo o salário?
Não. Apenas a parte que atinge a faixa superior recebe a alíquota maior. O restante continua tributado pelas alíquotas das faixas anteriores.
Por que o desconto de INSS varia de um mês para o outro?
Variações costumam vir de horas extras, adicionais, comissões, afastamentos ou mudanças de faixa. Quando a base muda, as parcelas em cada faixa são recalculadas.
Como conferir o valor de INSS no holerite?
Verifique a base de contribuição, enquadramento por faixas, calcule as porcentagens de cada faixa e confira se a soma das parcelas bate com o valor descontado.

Conheça as regras, prazos e como conectar com outros descontos

Referência de cálculo
  • Progressividade: cálculo por faixas de contribuição, com soma das parcelas;
  • Incidência: salário mensal e 13º salário seguem a tabela vigente;
  • Limites: piso e teto previdenciários delimitam a base sobre a qual incidem as alíquotas.

Para relacionar a contribuição previdenciária com a tributação de IR e a lógica do 13º, leia IR 2025: faixas e isenções e o guia do 13º salário 2025. E, para uma visão mais ampla dos direitos do trabalhador que aparecem no holerite e no orçamento da família, o conteúdo pilar em Direitos do trabalhador: salário mínimo, INSS, 13º, PIS e Bolsa Família serve como referência permanente.

Fique por dentro do que realmente mexe no seu bolso

Acompanhe as próximas publicações do Guia de Economia Pessoal

Atualizações sobre economia pessoal, benefícios, crédito e tributos, em linguagem simples. Conteúdo informativo e educativo direto no seu e-mail, sem spam.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Carregando cotações...

Selic hoje: ...
Atualizado em: ...

Receba as próximas análises do Guia

Novos conteúdos e alertas importantes direto no seu e-mail.